O avanço tecnológico está acontecendo cada vez mais rápido e se você trabalha com educação, não pode ficar de fora deste avanço.

Novas tecnologias surgem dia após dia e muitas delas podem ampliar o alcance ou aumentar a qualidade do ensino de diversas formas.

A seguir, abordamos algumas das maiores tendências na área educacional em 2023, preste atenção para não ficar de fora!

1 - Educação cada vez mais personalizada

Com as novas tecnologias como o Learning Analytics, é possível ter aulas cada vez mais personalizadas, mesmo quando acontecem em grupo.

O armazenamento, circulação e a análise de dados acontece de forma rápida e ampla na atualidade, sendo possível o cruzamento de informações entre diversas plataformas e com diversos objetivos diferentes.

Com essa tecnologia é possível saber quais pontos de uma determinada matéria devem ser reforçados e quais são de mais fácil compreensão por parte dos alunos.

Isso permite uma abordagem mais assertiva desde o início, sem achismos, com base em dados.

Além disso, há recursos de inteligência artificial que conseguem monitorar a atividade e as preferências dos usuários, por meio do tempo de uso de determinadas ferramentas de estudo ou o tempo de visualização de vídeos, permitindo que se direcione mais informações daquele tipo para a pessoa, como acontece nos algoritmos das redes sociais.

Tudo isso faz com que haja mais atenção por parte do aluno, que vai ser colocado diante de assuntos que atraem seu interesse, o que beneficia o processo de aprendizagem.

2 - Ensino à distância ou híbrido

A pandemia acelerou uma tendência que já estava em alta. Atualmente muito mais pessoas já estão familiarizadas com videochamadas, aulas online, home office, videoconferências, enfim, comunicação em tempo real - ou não - à distância.

Hoje um professor que tenha um computador com acesso à internet e alguns equipamentos básicos (câmera, fone de ouvido e microfone) pode dar aulas para qualquer pessoa do mundo que possua os mesmo equipamentos, em tempo real e sem custo adicional (o único custo é o da internet mesmo).

Aulas remotas e EaD - Ensino à Distância já foram normalizadas há alguns anos.

É uma evolução tão absurda que, se você dissesse para um brasileiro no ano de 2005 que apenas 16 anos depois esse formato de ensino seria possível, certamente ele te chamaria de maluco, pois naquela época o que era novidade por aqui era o Blackberry - lembra-se daquele celular que vinha com um teclado analógico completo?

Apenas para ficar em contexto, o primeiro Iphone só foi lançado nos Estados Unidos em 2007 - apesar de parecer que foi em outro século.

Então, se você ainda está exercendo suas atividades somente de forma presencial, você está no passado.

Atualmente existem cursos de graduação, pós-graduação e até mesmo mestrados e doutorados com aulas remotas.

Muitos cursos também aderiram à forma híbrida, juntando aulas remotas ou EaD e algumas aulas presenciais quando é imprescindível a presença física do aluno, como no caso de laboratórios ou aulas práticas.

3 - Metodologias ativas

O ensino tradicional está em declínio - finalmente! - e aquela educação em linha de produção industrial está com os dias contados.

Essa de colocar os alunos enfileirados com um professor na frente despejando conteúdos cujo planejamento é exclusivo da instituição, sem nenhuma influência dos alunos é coisa do passado.

Hoje o aluno é o protagonista do processo educacional e o professor exerce um papel muito importante, mas não central, de facilitador.

Nas aulas com abordagem de metodologias ativas, o interesse do aluno é levado em conta e sua capacidade de aprender por conta própria é estimulada e incentivada.

A resolução de problemas e a interação do aluno com outras pessoas e com o ambiente também são importantes para a sua formação e também são estimuladas nas metodologias ativas.

4 - E-learning

O aprendizado por meio de plataformas eletrônicas especialmente desenvolvidas para ensinar, onde o aluno pode estudar e aprender de forma mais autônoma, também é uma tendência irrefreável.

A gamificação é muito utilizada nestas ferramentas, o que faz com que o aluno consiga manter seu interesse e aprender sem perceber que está estudando.

O aplicativo Duolingo é um bom exemplo desta tecnologia, sendo amplamente utilizada para o aprendizado do inglês no Brasil.

Embora tenha suas vantagens, esta tecnologia é muito mais eficiente quando associada à supervisão de um professor como facilitador; o autodidatismo funciona para algumas pessoas; porém, para a grande maioria, a presença do professor no processo de aprendizagem sempre será indispensável.

5 - Competências Socioemocionais

Como nem tudo são flores, o uso excessivo da tecnologia também vem trazendo alguns problemas, notadamente a menor interação presencial entre as pessoas - especialmente entre as últimas gerações, os chamados nativos digitais.

Portanto, as chamadas soft skills estão sendo consideradas cada vez mais importantes. Saber se comunicar, ter controle emocional, saber trabalhar em equipe, ter empatia e saber se relacionar com o outro são habilidades cada vez mais valorizadas no mercado.

Outro problema da atualidade é a ansiedade que também tem muita ligação com o uso excessivo da tecnologia. Tudo é rápido e a oferta de informação é tão grande que o nosso cérebro não desliga nunca.

A FOMO, sigla para Fear of missing out, por exemplo, é uma síndrome cada vez mais comum e que é causada exatamente pela ansiedade gerada em razão da facilidade de acesso e disponibilidade irrestrita de informações nos equipamentos eletrônicos.

O tratamento e a prevenção deste tipo de problema por meio da educação e do conhecimento, aplicando-se limites e o uso racional dos recursos tecnológicos também é uma tendência muito relevante.

Estas são cinco das tendências mais relevantes para a educação em 2023, todas elas estão diretamente relacionadas ao uso da tecnologia na educação, o que por si só já é uma tendência - que já vem em alta nos últimos 10 anos e que pelo jeito vai continuar em evidência por muito tempo!