Novas tecnologias e mediação pedagógica: por que você precisa repensar seu jeito de ensinar
A sociedade contemporânea é altamente dependente das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação). Seja de forma direta ou indireta, a tecnologia intermedeia a forma como nos relacionamos, comemos, nos divertimos, nos transportamos e, como não poderia deixar de ser, a forma como aprendemos.
Um dos impactos disso é a nova concepção de tempo e espaço: tudo pode ser feito de qualquer lugar e a qualquer tempo, de forma otimizada e instantânea.
A transformação ocasionada pelas novas tecnologias resolveu muitas dificuldades, facilitou processos e otimizou atividades. No entanto, algumas consequências disso precisam ser consideradas.
Afinal, nada é perfeito. Com o avanço da tecnologia e seu uso na educação, alguns aspectos do processo de ensino-aprendizagem precisam ser reavaliados para que atendam ao objetivo máximo do setor educacional: formar cidadãos preparados para o futuro.
Se você é professor ou professora deve estar se perguntando: qual é o meu papel enquanto educador(a) neste novo contexto?
A fim de ajudar você nesta reflexão, neste artigo vamos levantar alguns pontos sobre as novas tecnologias e mediação pedagógica, para que você possa pensar a respeito e buscar compreender se de fato está acompanhando essa revolução da melhor forma possível. Vamos lá?
Por que me preocupar com a mediação pedagógica na Era Digital?
O que é a mediação pedagógica com tecnologias educacionais?
Por que me preocupar com a mediação pedagógica na Era Digital?
A resposta para essa pergunta é fácil: porque a tecnologia por si só não educa.
Não basta largar seu aluno em uma plataforma digital e esperar que ele aprenda tanto quanto aprenderia se você o acompanhasse. Do mesmo modo, não adianta substituir o livro impresso por pdfs virtuais e achar apenas isso já é inovar no ensino, porque não é.
Ao adaptar-se aos novos tempos, entendendo qual é o seu papel diante das novas tecnologias educacionais, o professor deve ter em mente que não basta substituir ferramentas analógicas pelas digitais. A forma de ensinar precisa acompanhar essa evolução.
Por isso tem-se falado tanto nos últimos tempos sobre metodologias ativas de aprendizagem, ensino híbrido e outros tópicos sobre os quais já falamos aqui no blog da Flexge.
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O fato é que precisamos repensar o modelo de ensino como um todo, não bastando inserir tecnologia em sala de aula e achar que todos os problemas da educação estarão resolvidos. Pelo contrário: ao fazer isso, aumenta-se a chance de novos problemas surgirem.
Por isso é tão importante refletir sobre a mediação pedagógica diante das novas tecnologias: tecnologia e pedagogia devem estar bem alinhadas com o objetivo de potencializar o processo de aprendizagem do aluno. Vamos entender por quê. Continue lendo!
O que é a mediação pedagógica com tecnologias educacionais?
A mediação pedagógica pode ser definida como um processo onde ocorre a interação entre aluno e professor, em que ambos aprendem e ensinam juntos, construindo de forma colaborativa a aprendizagem.
Por esse motivo, essa mediação deve promover o envolvimento do aluno, participação ativa, respeito entre ambos, interaprendizagem e outros elementos importantes para a relação aluno e professor.
Isso propicia a aquisição e significação de novos conceitos e aprendizados no desenvolvimento das capacidades formadoras, individuais e coletivas do aluno.
Ao levar a mediação pedagógica para o contexto digital, através do uso de tecnologias educacionais em sala de aula ou até mesmo no ensino online, é preciso tomar alguns cuidados, afinal, o professor deve se preocupar em estabelecer uma relação pedagógica que:
- estimule o aluno a aprender;
- desperte o interesse pelo conteúdo;
- incite o aluno a buscar cada vez mais conhecimento.
E para tanto, é preciso considerar aspectos intrínsecos ao bom relacionamento entre professor e aluno, tais como: afinidade, respeito, empatia e confiança.
Qual a importância disso? Bom, como você deve saber, a aprendizagem não acontece de forma espontânea. É preciso que aluno e professor exerçam seus papéis para que o aprendizado ocorra.
Assim, se o professor não estiver atento à qualidade da sua mediação pedagógica, ensinar por meio das novas tecnologias será um desafio ainda maior.
Isso porque, como falamos antes, a mediação pedagógica não acontece automaticamente. Ela é o resultado da articulação de uma série de situações, fatores, intenções e saberes que contribuem ou não para o seu desenvolvimento. O processo de mediação pode variar de acordo com:
- o contexto no qual os sujeitos estão envolvidos;
- as características pessoais e profissionais do professor;
- a motivação e interesse dos alunos;
- os conteúdos e os conceitos que são desenvolvidos;
- as estratégias e técnicas empregadas;
- a linguagem estabelecida;
- a intencionalidade do professor.
Essa mediação é o que permite ao indivíduo avançar na construção de sistemas conceituais que ele não conseguiria estabelecer sozinho. Por isso, o novo papel do professor diante das tecnologias digitais, tem sido muito mais de um intermediador do conhecimento do que de transmissor.
Logo, a capacitação do professor e do seu processo de mediação pedagógica através das novas tecnologias digitais é fundamental para o sucesso do ensino.
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