Foto de crianças no computador estudando.

Conheça os benefícios do ensino híbrido, personalização e tecnologia para a educação!

Ensino híbrido, personalização e tecnologia na educação: entenda a relação

Metodologias Aug 18, 2021

Antes da pandemia da Covid-19, era difícil acreditar que uma mudança tão disruptiva seria possível na área da educação.

Não que essa mudança tenha sido bem-sucedida, como falaremos mais adiante, mas o fato é que ela aconteceu. Em virtude dessa crise sanitária que afetou o mundo inteiro, a educação deu um grande e importante salto no que se refere a metodologias e tecnologia.

Se antes os professores temiam a substituição pela tecnologia e por isso a evitavam, com essa nova realidade eles puderam experimentar novas formas de ensinar e aprender com elas.

A migração para a modalidade on-line, por exemplo, evidenciou a indispensabilidade do professor no processo de ensino-aprendizagem. Sobretudo, possibilitou que professores e alunos compreendessem o papel que a tecnologia desempenha para a educação: munir o professor de ferramentas úteis para melhorar a qualidade do ensino.

Claro que nem tudo são flores e nenhum relacionamento começa perfeito. Há que se fazer ajustes pelo caminho, aprender com os erros e buscar as soluções mais adequadas para o momento. É sobre isso que falaremos neste artigo.

Aqui você vai descobrir o que é e como funciona o ensino híbrido, sua relação com as metodologias ativas de ensino e a relação entre ensino híbrido, personalização e tecnologia na educação.

Se estiver com pressa, vá direto ao ponto do seu interesse:

O que é ensino híbrido?
Ensino híbrido e metodologias ativas
Ensino híbrido na pandemia
Ensino híbrido, personalização e tecnologia na educação

O que é ensino híbrido?

Ensino híbrido é uma metodologia de ensino que combina o ensino presencial com o on-line. Esse modelo reúne os melhores elementos das aulas presenciais com as remotas.

Também conhecido como blended learning ou apenas b-learning, o ensino híbrido é uma tendência na educação. Para melhor compreensão do assunto, recomendamos que leia o artigo “Entenda o que é Blended Learning e conheça os benefícios”.

Em razão do seu formato, a educação híbrida foi amplamente adotada e difundida nos últimos tempos, sendo um dos legados que ficará para a sociedade após o fim da pandemia.

A palavra “híbrido” nos remete a algo que foi misturado, combinado. O ensino híbrido é a combinação de duas modalidades de ensino: presencial e remoto. Com a ajuda da tecnologia, esse formato de ensino mistura atividades presenciais com on-line.

Uma das principais vantagens desse modelo é que nele se coloca o foco do processo de aprendizagem no aluno e não mais na transmissão de informação por parte do professor.

Essa abordagem está em perfeita sintonia com a realidade em que os alunos estão inseridos: um mundo globalizado e digital. Vê-se, assim, que o modelo híbrido pode ajudar na superação dos desafios da Educação 4.0.

No ensino híbrido, o aluno estuda o material em diferentes situações, e a sala de aula passa a ser o lugar de aprender ativamente, realizando atividades e discussões com o apoio do professor e em colaboração com os colegas.

Para o Professor Jonas, existem 4 tipos de educação híbrida.

“A educação híbrida tem que levar em conta as restrições de tempo e de espaço.

As restrições de tempo é ser síncrono ou assíncrono e as restrições de espaço são on-line ou off-line. Então você tem duas dimensões: tempo e espaço.

Se levar em conta que no espaço é on-line ou off-line e no tempo é síncrono ou assíncrono e faz a matriz, você vai ver que tem quatro modalidades de educação híbrida.”

Para alguns educadores, o futuro da educação é híbrido. Afinal, ele conjuga aspectos do ensino on-line (que conversa melhor com a nova geração de estudantes), com elementos do ensino presencial, reforçando o contato humano e socialização, fatores de enorme importância para o desenvolvimento dos alunos.

Esse formato de ensino exige maior participação do aluno, vez que ele ganha autonomia no desenvolvimento das atividades fora da sala de aula. Fato que contribui para que sejam adotadas metodologias ativas de ensino, como você verá a seguir.

Ensino híbrido e metodologias ativas

A relação entre o ensino híbrido e as metodologias ativas é intrínseca. Para alcançar o sucesso no ensino híbrido, o professor precisa se apoiar em metodologias ativas de ensino.

Migrar as aulas presenciais para o formato híbrido requer adaptação dos agentes (professor e aluno). Mais que isso, no entanto, a educação híbrida exige uma revisão das metodologias tradicionais, como aulas expositivas e avaliações genéricas.

Uma vez que o aluno aprende a ter autonomia na busca pelo conhecimento, o professor expande as oportunidades de ensinar, direcionando o estudante para que obtenha sucesso no aprendizado.

Todavia, sabe-se que o modelo de aula on-line enfrenta grandes dificuldades no que se refere à atenção dos alunos.

Fazer com que os alunos se engajem no processo de ensino-aprendizagem não é algo simples, mas como você verá no último tópico desse artigo, com a tecnologia e metodologia certas, esse obstáculo pode ser superado.

A reflexão que queremos trazer aqui é sobre a transformação que o ensino híbrido pode e deve fazer na metodologia de ensino do professor. Digitalizar métodos tradicionais não vai resolver o problema.

É preciso aproveitar essa oportunidade de evolução na educação para ir além da mera transição do mundo físico para o digital. Nesse sentido, as metodologias ativas de ensino se demonstram grandes parceiras do ensino.

Ensinar o aluno a buscar o conhecimento com autonomia, despertar o interesse para que ele coloque em prática o que está aprendendo, provar a importância daquele assunto para a vida dele são alguns dos benefícios dessas metodologias.

Assim, o ensino híbrido e as metodologias ativas são grandes fontes de esperança para um ensino de qualidade na Era Digital.

Vamos juntos agora entender como o ensino híbrido ajudou escolas e professores durante a pandemia do Coronavírus.

Ensino híbrido na pandemia

Quando a pandemia começou lá no início de 2020, poucos tinham ideia da dimensão que ela tomaria.

Durante esse período, mais de 1,5 bilhão de alunos foram afastados das salas de aula em mais de 165 países, de acordo com a UNESCO.

Do dia para a noite a educação teve que se reinventar, para atender aos estudantes durante o período de isolamento social. Para isso, passou-se a adotar o uso das tecnologias digitais.

A adaptação não foi (e continua não sendo) fácil para alunos e professores. Em um país tão desigual como o Brasil, é possível observar casos de extremo sucesso em escolas particulares e, por outro lado, prejuízos imensuráveis para a educação da rede pública.

Sem entrar no mérito dessa discussão, que merece um artigo próprio para este fim, devemos ter em mente que a pandemia acelerou um processo de evolução (ou revolução, como alguns autores preferem) na educação.

Com isso, foi necessário buscar-se novas soluções. A internet, por exemplo, que já fazia parte das nossas vidas, tornou-se indispensável para todos, sejam crianças ou adultos. Hoje, todos precisamos da internet em alguma medida.

Neste cenário, o ensino a distância (EaD), que já vinha sendo consolidado na educação, ganhando muitos adeptos ao longo dos últimos anos, se mostrou uma alternativa viável e foi implementada na maioria das escolas.

No entanto, sabemos da importância da interação social que a escola proporciona para o desenvolvimento das crianças e jovens. Assim, o ensino híbrido, que combina elementos das duas modalidades de ensino, conquistou seu espaço na educação.

Com a flexibilização das medidas de isolamento social, grande parte das escolas retomaram suas atividades mantendo o híbrido. Com atividades presenciais e on-line, os professores estão conseguindo inovar no ensino, atendendo melhor à nova geração de estudantes, que são nativos digitais.

Como já falamos neste artigo, o ensino híbrido é um dos legados que a pandemia deixará para a sociedade, assim como hábitos de higiene e outras precauções que já criaram raízes nos hábitos de muitas pessoas.

É difícil imaginar um modelo de educação que não faça uso das tecnologias digitais nos tempos atuais, mesmo quando a pandemia chegar ao fim. A internet é utilizada por todos e para muita coisa. A educação não pode se fechar para essa e outras ferramentas.

Mesmo que seja muito difícil acompanhar a evolução da tecnologia, tendo em vista que ela é exponencial, educadores, escolas e governos devem realizar esforços no sentido de acompanhar não só a evolução tecnológica, como também da sociedade (que inevitavelmente acompanha a tecnologia).

Agora que você já sabe o que é ensino híbrido, sua relação com as metodologias ativas de ensino e seu papel durante a pandemia, veja agora como esse modelo de ensino, a personalização e a tecnologia são elementos importantes para a educação.

Ensino híbrido, personalização e tecnologia na educação

Vivemos uma época em que é normal, quase a regra, o fato de podermos personalizar quase tudo. Desde aplicativos no celular, redes sociais, roupas, serviços de streaming e por aí vai.

Do mesmo modo, cuidados com a saúde, por exemplo, acompanham a evolução tecnológica que desenvolve meios para que diagnósticos e remédios sejam mais assertivos, levando em consideração suas condições corporais específicas.

A personalização está em praticamente tudo o que nos cerca. Ironicamente, na educação, onde ela se demonstra mais urgente, ainda não está consolidada, conforme afirma Ken Robinson em seu livro “Escolas Criativas: a revolução que está transformando a educação”.

A personalização do ensino é importante para:

  • o reconhecimento de que a inteligência é diversa e multifacetada, identificando em cada aluno suas habilidades naturais e afinidades;
  • permitir que os alunos se dediquem a seus interesses e habilidades específicos, fugindo da generalização imposta no modelo atual;
  • adaptar o calendário às diferentes velocidades com que os alunos aprendem, levando em conta as dificuldades ou facilidades de cada um;
  • avaliar os alunos de modo que apoiem seu progresso e suas realizações pessoais.

Essa personalização se torna possível a partir do momento que educação e tecnologia se aproximam.

Valer-se de novas metodologias de ensino, formatos como o ensino híbrido, tecnologias digitais e buscar a personalização são excelentes apostas para transformar o ensino e melhorar a eficiência do sistema educacional.

E essa revolução começa com os professores, que são agentes de transformação. Para Ken Robinson:

Se os seus sapatos estão apertados, você não os engraxa ou culpa os seus pés; você tira os sapatos e usa outros, diferentes. Se o sistema não funciona, não culpe as pessoas que vivem nele. Trabalhe junto com elas para mudá-lo e fazê-lo funcionar.

Tanto o ensino híbrido, como um novo formato do ensino que extrapola a sala de aula e dá maior autonomia para o aluno, quanto a personalização na educação são viabilizadas pela tecnologia que já está à disposição.

A combinação desses três recursos é uma alternativa com bastante potencial para aprimorar a educação e trazê-la para o presente, modernizando suas estruturas e preparando os alunos para o futuro.

Agora que você conhece a relação entre ensino híbrido, personalização e tecnologia na educação, continue aprendendo! Inscreva-se em nossa Newsletter e receba em primeira mão conteúdos como este!

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