Cultura maker: entenda a importância e impacto na educação
De origem inglesa, maker significa fazedor, que cria ou realiza algo. Nesta metodologia, que teve origem no DIY (Do It Yourself), entende-se que qualquer pessoa pode ser capaz de produzir, criar, planejar, reparar objetos ou fazer algo novo tendo as ferramentas certas.
Trata-se, por exemplo, de fazer a própria mesa de jantar que se está precisando, em vez de comprar uma pronta em loja.
O movimento Maker tem o escopo de difundir o aprendizado pela prática, sendo uma metodologia ativa de ensino muito eficiente.
Neste artigo você vai descobrir o que é o movimento Cultura Maker, qual sua importância para a educação e como implementar em suas aulas. Aproveite a leitura!
Qual é a definição de Cultura Maker?
Quais são os 4 pilares da Educação Maker?
Qual a importância da Cultura Maker na educação?
Aprendizagem na Cultura Maker
Qual o impacto no dia a dia dos estudantes?
Exemplos de atividades maker para escolas
Oficina de marcenaria
Horta coletiva
Construção de autômatos
Arte reciclável
Conclusão
Qual é a definição de Cultura Maker?
Entende-se por Cultura Maker o movimento nascido no final dos anos 60 a partir da filosofia do “Do It Yourself” (DIY), a qual defende que qualquer pessoa é capaz de construir, consertar ou alterar seus próprios pertences.
Traz a ideia de reaproveitamento de objetos, ao invés do descarte e aquisição de novos. A proposta é fazer tudo com as próprias mãos e uma boa dose de colaboração e transmissão de informações entre grupos e pessoas.
Com a revolução digital, foi incorporada a esse movimento uma enorme gama de possibilidades usando os recursos tecnológicos.
A proposta base da Educação Maker é a de tornar realidade suas próprias ideias e tem, nos princípios do cooperativismo e do compartilhamento de ideias, dois de seus principais pilares.
A educação incorporou recentemente essa visão à questão pedagógica, trazendo-a para dentro da sala de aula.
Com o propósito de tornar a sala de aula um espaço mais colaborativo, o aluno se torna protagonista, se empoderando do processo de aprendizagem e, assim, a educação passa a ser mais significativa.
Pensando em termos de consumismo, mas no terreno da educação, o aluno deixaria de “consumir aulas prontas, fabricadas”, com conteúdos e conceitos que nem sempre compreende.
O movimento maker defende ser possível ensinar conceitos teóricos através da prática em ambientes assistidos pela tecnologia.
Quais são os 4 pilares da Educação Maker?
Para que a cultura maker seja de fato eficiente e cumpra seu papel como metodologia ativa, é importante conhecer e saber aplicar seus quatro pilares:
- Criatividade: estimular o pensamento crítico, a curiosidade e o desejo por propor soluções é o que norteia a cultura maker.
- Colaboração: o trabalho em equipe é parte fundamental na construção de projetos maker. Além disso, as crianças são orientadas a consruir relações saudáveis com seus colegas.
- Escalabilidade: alinhada a criatividade, é importante que o aluno não só proponha uma solução criativa, mas também escalável e possível de ser realizada durante o desafio.
- Sustentabilidade: apoiada na filosofia DIY, de construir, reaproveitar, reutilizar e reparar, o aluno maker cria um forte senso de sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Qual a importância da Cultura Maker na educação?
A Cultura Maker estimula, de maneira definitiva, o próprio pensamento científico, ao envolver a observação e a prática de testar hipóteses, prototipando suas ideias. O aluno maker, é desafiado a construir seus próprios projetos e soluções.
Com as transformações sociais e tecnológicas, a necessidade de aproximação do professor com o aluno, e do aluno com vivências reais estão aumentando.
Constatando essa necessidade de aproximação da sala de aula com a realidade social, as instituições de ensino vêm investindo recursos e esforços direcionados para o uso da tecnologia, por entender que se trata de um dos caminhos para esse encontro.
Nesse cenário, o movimento ou Cultura Maker na educação surge como uma opção e com resultados surpreendentemente positivos.
A Cultura Maker apresenta iniciativas que podem ser aplicadas como novas variantes para as aulas normais, transformando o processo de ensino-aprendizagem em algo mais significativo para os alunos.
Entenda por que a Cultura Maker na educação transforma o aprendizado:
Aprendizagem na Cultura Maker
Na Cultura Maker, mais uma vez, o papel do professor ganha destaque. Se nas metodologias ativas de ensino, de modo geral, o papel do professor deve ser de tutor, na proposta da Educação Maker, esse papel vai além.
O professor passa a ser um mentor, isto é, ele deve dar suporte e encorajamento para o aluno gerenciar seu próprio aprendizado, orientando-o na resolução de problemas complexos, extraindo dali o conhecimento.
De forma análoga à proposta raiz do movimento maker, “faça você mesmo”, “colocando a mão na massa” na educação, esse movimento propõe que se “coloque a mão no conhecimento”.
Este fabricar com as próprias mãos soluções para problemas reais, promove no aluno um intenso protagonismo em seu processo de aprendizagem e, consequentemente, ele passa a se relacionar de uma forma diferente com a ciência.
Qual o impacto no dia a dia dos estudantes?
Como benefício direto e imediato do movimento maker, o aluno desenvolve sua autoestima, já que se percebe capaz de criar o que desejar e resolver problemas. Assim, essa aprendizagem ganha significado.
Do mesmo modo, exercita a resiliência, pois no processo de experimentação há dificuldades a serem superadas. Essa capacidade socioemocional é uma das mais necessárias e valorizadas na vida profissional.
É preciso promover uma reflexão entre gestores e professores para a reavaliação do ambiente e práticas escolares, para que o envolvimento na discussão do que se deseja alcançar e como, promova o engajamento dos mesmos, sem que ocorra a simples imposição, como historicamente costumam ser apresentadas as propostas de transformação.
Uma boa maneira de colocar em prática a Cultura Maker, é adotando as metodologias ativas de ensino em sala de aula. Novos tempos e novas tecnologias exigem novas formas de ensinar e aprender!
Exemplos de atividades maker para escolas
Oficina de marcenaria
Nesta atividade, as crianças e adolescentes terão a oportunidade de colocar a mão na massa. Para os alunos mais velhos, deixá-los produzir seus próprios objetos em madeira pode colaborar com o ensino de matérias como matemática e física.
Já os mais novos, podem ser expostos a formas geométricas em madeira para serem incentivados a explorar a criatividade criando novas formas.
Horta coletiva
Um dos princípios da cultura maker é a sustentabilidade. Ensinar as crianças a produzirem seus próprios alimentos, cuidar da terra e promover o sentimento de coletividade e responsabilidade, é magnífico.
Construção de autômatos
Autômatos são maquinas ou dispositivos que funcionam sem energia elétrica. A construção desses objetos pode ser feito em equipes, nas aulas de física ou nos laboratórios maker.
Arte reciclável
Produzir arte é uma excelente forma de desenvolver a criatividade dos pequenos. Ao utilizar materiais recicláveis podemos mostrá-los a importância de reutilizar e reciclar.
Conclusão
A Cultura Maker ou Educação Maker, tem se apresentado como uma excelente metodologia ativa para a educação. Além de permitir que o aluno assuma o protagonismo por sua aprendizagem, também garante a importante construção de valores.
Para implementar este tipo de ensino é importante que os educadores, alunos e responsáveis estejam em sinergia, caminhando para o mesmo objetivo - permitir que os alunos “ponham a mão na educação”.
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