Como criar conteúdo em inglês para suas aulas
Toda vez que vamos criar conteúdos em inglês para ensinar o idioma, temos que levar em consideração alguns aspectos. O principal, sem dúvida, é o objetivo da aula na qual o conteúdo será utilizado.
Definir qual é o objetivo atual do processo de aprendizagem pode ser desafiador, afinal, quem entra em um curso de inglês deseja ter o domínio da língua, mas o domínio pleno do idioma é o último patamar a ser alcançado neste processo.
Entre o conhecimento zero e o domínio pleno do idioma, há diversos níveis em que o aluno pode se encontrar. Em razão disso, é muito importante que o professor consiga identificar o nível atual do aluno e qual é o próximo degrau a ser superado.
Com isso, o professor consegue planejar conteúdos e aulas que realmente façam o aluno avançar nessa busca pela fluência.
É exatamente isso que você deve ter em mente quando planeja uma aula e cria o conteúdo que vai ser utilizado nela: onde o aluno está agora e para onde ele deve ir em seguida. Mas nós sabemos que não é apenas isso, right?
Existem vários outros aspectos que precisam ser considerados no momento da criação desses conteúdos e é sobre eles que falaremos neste artigo. Aqui você vai conferir:
Crie conteúdos alinhados ao CEFR
Crie conteúdos para diferentes etapas da aula
Crie conteúdos personalizados para o seu público
Dicas rápidas sobre conteúdo em inglês
Crie conteúdos alinhados ao CEFR
Teacher, com certeza você já ouviu falar sobre o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas ou CEFR (sigla para Common European Framework of Reference for Languages), que é um padrão internacionalmente reconhecido para descrever a proficiência em um idioma.
O CEFR possui 6 níveis na escala de proficiência, sendo dois básicos, dois intermediários e dois avançados. Cada um desses níveis é representado por uma letra e subdividido em 1 e 2.
Para ficar mais claro, a divisão é a seguinte:
A - básico:
- A1 - iniciante
- A2 - básico
B - independente:
- B1 - intermediário
- B2 - usuário independente
C - proficiente:
- C1 - proficiência operativa eficaz
- C2 - domínio pleno
Para cada nível há uma descrição do que o aluno deve ser capaz de entender para se enquadrar naquele ponto da escala de domínio da língua.
Assim, seguindo estes parâmetros fica mais fácil fazer o nivelamento do aluno e descobrir qual é o próximo patamar que ele precisa buscar. Basta comparar as habilidades que você já sabe que o seu aluno possui e identificar quais são as próximas que ele precisa desenvolver.
Pode parecer complicado num primeiro momento, se você nunca fez isso. Mas com o tempo, você vai adquirindo confiança e entendendo melhor sobre os níveis de inglês e competências linguísticas. Logo isso ficará natural para você!
Mas algo que você sempre deve considerar no momento de criar os conteúdos para suas aulas de inglês é o CEFR ou outro padrão internacional de sua preferência. Siga esses parâmetros estabelecidos e reconhecidos que não terá erro!
Crie conteúdos para diferentes etapas da aula
Tendo o objetivo em mente e de olho no parâmetro do CEFR, é hora de pensar no conteúdo a ser utilizado na aula.
Cada professor tem um jeito de ensinar, evidentemente. Mas há alguns padrões que funcionam muito bem no ensino de línguas, como aulas estruturadas em diferentes momentos.
Por exemplo, sabemos que uma boa aula deve contar com uma introdução, que pode ser uma atividade quebra-gelo com a intenção de colocar o pessoal no ritmo da aula, ou ainda um aquecimento (warm up) no qual você pode rememorar os assuntos estudados na última aula. Mas é importante que você não vá direto para o tema do dia!
Por isso, ao criar conteúdos em inglês para suas aulas, pense em algo divertido para essa primeira atividade, a fim de aquecer os seus alunos para o novo conhecimento que vão adquirir em seguida.
Depois dessa introdução ou aquecimento, passa-se para a parte principal da aula, que vai trabalhar com o objetivo principal estabelecido por você no seu planejamento. As duas grandes divisões mais tradicionais são gramática e vocabulário.
Embora ambas sejam sempre trabalhadas conjuntamente (afinal, é impossível trabalhar gramática sem vocabulário), é comum que haja mais ênfase ora em uma, ora na outra. Procure equilibrar bem essa divisão quando for criar o conteúdo, para não focar demais em apenas uma delas.
No momento de criação desse conteúdo para a atividade principal da aula, leve em consideração a profundidade da sua abordagem: até que ponto você quer que seus alunos evoluam nesse tema?
Esse costuma ser o momento mais cansativo para os alunos, pois é onde lhes é mais exigida atenção e compreensão. Por isso, escolher um bom conteúdo fará toda a diferença! Continue lendo para saber como criar conteúdos que despertam o interesse dos seus alunos.
Crie conteúdos personalizados para o seu público
Outro fator importante para se levar em conta no momento da criação do conteúdo das suas aulas é o público alvo.
Veja bem, o público é que vai definir o tipo de conteúdo a ser utilizado. Para crianças, você deve dar preferência a conteúdos mais lúdicos, com muitas figuras e desenhos chamativos para demonstrar o vocabulário por meio das imagens. Use e abuse dos recursos audiovisuais com os pequenos!
Para jovens e adultos, o principal é escolher temas que despertam o interesse. Para os jovens, músicas, esportes, namoro e relacionamentos são temas muito interessantes; já para adultos, procure explorar as atualidades, mundo dos negócios, geografia, costumes locais (dos países nativos da língua inglesa) e etc.
Dicas rápidas sobre conteúdo em inglês
- Procure trabalhar com vocabulários que façam parte do dia a dia dos seus alunos. Isso fará com que eles memorizem melhor e solidifiquem o aprendizado. Se seus alunos forem adultos, por exemplo, coloque no seu conteúdo vocabulários sobre o mercado de trabalho. Se forem crianças, que tal animais e frutas?
- Prefira conteúdos interativos. Se conseguir trabalhar o conteúdo da aula através de jogos ou plataformas online interativas, dê preferência a este formato. Seus alunos vão se engajar muito mais e isso torna a aprendizagem mais significativa!
- Trabalhe seu storytelling. Apresente o conteúdo de forma que faça mais sentido para o aluno. Pense em como trabalhar diversos temas com uma mesma linha de conteúdo, dando continuidade a uma história. Por exemplo, ao trabalhar determinado tempo verbal, planeje todas as aulas com uma mesma linha de conteúdo, como viagens, por exemplo.
- Contextualize seus conteúdos. Ensinar inglês com conteúdos fora de contexto, não funciona! Procure criar conteúdos contextualizados, que façam sentido para os seus alunos. Eles precisam ver valor naquilo que estão aprendendo… se não, como vão se interessar?
Essas foram as nossas dicas para criação de conteúdo em inglês. Se deixamos algo importante de fora, por favor, comente aqui no post nos contando. Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você! Nos vemos na próxima!