“Não existe pergunta boba”: o segredo para criar conexão com seus alunos
Quem é professor há de concordar comigo que nem sempre é fácil fazer os alunos interagirem e realmente se interessarem pela aula. Mas sabe algo que sempre funciona muito bem para deixá-los à vontade?
Demonstrar a importância das suas dúvidas. Isso mesmo, muito mais relevante do que as certezas que os alunos possuem, são as suas dúvidas.
Quando o professor quer criar uma conexão forte e aproximar o aluno de si, ele precisa ouvir com muita atenção quais são as dificuldades do estudante e responder a todas as suas perguntas como se elas fossem – porque de fato elas são – a coisa mais importante do mundo para você!
A diferença entre um professor comum e um professor que marca nossa memória para toda a vida está na conexão gerada, no relacionamento construído. E ouvir com atenção é um dos caminhos mais assertivos para tanto.
Quer saber como criar conexão com seus alunos e entender qual é a importância disso para a aprendizagem deles? Então continue lendo este artigo para descobrir o efeito da ideia de que “não existe pergunta boba!”
O poder do relacionamento para a aprendizagem
Não existe pergunta boba: criando conexão com seus alunos
O poder do relacionamento para a aprendizagem
Em um mundo onde impera a tecnologia e praticamente tudo passou a ser digital, uma das coisas que não sabíamos da importância, mas que agora tem despertado saudade e aumentado a procura são os relacionamentos humanos.
No momento de contratar alguns serviços, fazemos questão de ir presencialmente encontrar o fornecedor e apertar sua mão. Isso nos transmite confiança e um maior comprometimento.
Obviamente isso não se aplica a tudo. Muitos serviços passaram a ser contratados com dois cliques em um site e o cadastro do cartão de crédito. As facilidades do mundo moderno são inquestionáveis!
Mas você concorda comigo que, para algumas coisas, ainda preferimos o olho no olho e a interação one a one?
Pode ser que este comportamento mude com o passar dos anos. Afinal, tanta coisa já mudou…
Agora, tem algo que eu acredito veementemente que jamais mudará: a relação entre aluno e professor.
Não estou falando aqui do papel do professor no ensino. Isso certamente mudou com o avanço da tecnologia. Hoje os professores já não são mais meros transmissores de conhecimento, mas sim orientadores do ensino, facilitadores do processo de aprendizagem.
Com toda essa transformação que observamos, a importância do relacionamento professor-aluno ganha ainda mais destaque. Por que um aluno vai procurar um professor particular de inglês em vez de um aplicativo autodidata? Pense sobre isso.
Conseguir conectar-se aos alunos, criando um relacionamento de confiança, respeito e admiração deveria ser a prioridade de todo professor que deseja obter sucesso no ensino.
Quando um aluno confia em você, tudo o que você diz tem mais relevância para ele. Quando ele respeita o professor que você é, suas diretrizes têm mais credibilidade e, por admirar você, o aluno vai querer te dar orgulho, esforçando-se ao máximo durante o processo de ensino-aprendizagem.
Esse é o poder do relacionamento para a aprendizagem!
Você deve estar se perguntando: o que as perguntas dos meus alunos têm a ver com isso?
Não se preocupe que nós já vamos falar sobre isso a seguir. Continue lendo!
Não existe pergunta boba: criando conexão com seus alunos
Certa vez, conversando com um colega que é um exemplo de bom professor (aquele que os alunos não matam a aula de jeito algum e que a aula costuma ser tumultuada de tanta participação), ele trouxe esse tema para a mesa.
Achei muito interessante a abordagem que ele trouxe e tentarei ser fiel aqui ao raciocínio que ele construiu junto comigo, enquanto seus olhos brilhavam ao contar sobre sua estratégia em sala de aula.
Todo professor valoriza a interação dos alunos, right? Se o aluno não está interagindo, muito provavelmente ele também não está interessado. E quando o aluno não está interessado, a aprendizagem ganha um obstáculo quase intransponível.
A estratégia desse meu colega é muito simples, básica e, talvez por isso, genial!
Segundo ele, já nos primeiros encontros com os alunos, ele provoca intensamente que eles façam perguntas. Num primeiro momento, como de praxe, um ou outro terão coragem de expor as suas dúvidas.
O medo do julgamento e, muitas vezes, a preguiça de iniciar um debate, desestimula que o aluno interrompa o professor para perguntar.
Por isso, toda e qualquer pergunta que ele conseguia obter dos seus alunos, esse professor respondia da forma mais completa possível. Se o aluno perguntava “E”, o professor traçava todo o raciocínio de “A”, “B”, “C”, “D” e então chegava ao “E”, certificando-se de que o aluno tivesse verdadeiramente sanado a sua dúvida.
Além disso, ele também dizia e repetia que “toda pergunta é importante!” durante sua aula para que os alunos jamais esquecessem. Isso deveria ser um mantra entre os professores, não acha?
Com isso, é claro, surgem os engraçadinhos a fim de colocar o professor à prova. Pois até mesmo as perguntas sarcásticas, mal-intencionadas, eram respondidas por esse professor com a maior atenção possível.
Afinal, se não existe pergunta boba, nem intencionalmente uma pergunta há de ser boba!
Assim, uma mensagem é passada aos alunos: pode perguntar, estou aqui para ajudá-lo!
Quando seus alunos ficam à vontade com você, confortáveis em expressar suas aflições, dúvidas e opiniões, o processo de aprendizagem flui muito – mas muito! – melhor.
E sendo o aluno o foco do processo de aprendizagem, faz muito sentido que ele seja o foco do professor e que suas dúvidas sejam facilmente expostas durante essa interação.
Isso faz algum sentido para você? Comente sua opinião neste post! Queremos saber o que você pensa sobre o assunto.