Roteiro para aula de conversação em inglês

Aulas de conversação são divertidas por si só e podem ser bem exploradas tanto presencialmente quanto na modalidade online. Para tanto, é preciso de um bom plano de aula de conversação em inglês.

O planejamento de uma aula de conversação é bem simples, a primeira coisa a se pensar é o objetivo da aula, em seguida o tema que será abordado, depois como este tema será abordado e, por fim, como serão feitas as correções (analisando se efetivamente o objetivo foi atingido).

Não podemos nunca esquecer do principal, em uma aula de conversação o aluno precisa ser estimulado a falar de forma desinibida.

A seguir vamos analisar cada um dos elementos do roteiro para uma aula de conversação em inglês e mostrar para você como dar uma aula de conversação em inglês. Fique com a gente!

Objetivo
Tema
Abordagem
Correções
Resumindo

Objetivo

Toda aula deve ter um objetivo a ser alcançado. Pode ser um novo vocabulário a ser aprendido, uma nova construção gramatical, o uso de um tempo verbal específico, enfim, qualquer conhecimento da língua inglesa que precisa ser treinado ou aprendido conforme seu plano pedagógico.

A primeira coisa a ser definida para sua aula de conversação é: o objetivo da aula.

Se o professor falhar aqui, a verdade é que ele não sabe nem o que está fazendo em sala de aula. Pode parecer meio duro, mas é verdade, se você não sabe o objetivo de uma aula, você está perdido igual a “um cego em um tiroteio” como diz o ditado. Não seja este professor!

Tendo o objetivo em mente, fica mais fácil escolher um tema a ser abordado.

Tema

Os temas para conversação em inglês se tratam do assunto que será abordado na conversação ou a situação onde ocorrerá a conversa que será travada entre os alunos (em caso de aula em grupo) ou entre o professor e o aluno.

Dependendo do tópico escolhido ele pode servir para todo tipo de aluno, desde iniciantes até os mais avançados, sendo que a forma de abordagem do tema é que vai determinar o nível de dificuldade.

O erro de muitos professores aqui é não usar a imaginação e pensar que a conversação deve se dar sempre entre ele e o aluno sobre um determinado tema, isso realmente limita muito o que se pode alcançar, principalmente no caso de alunos que ainda estão começando a conversação e não possuem a capacidade de ter conversas mais complexas.

Fica muito mais fácil se imaginar dentro de uma situação e cada uma das partes envolvidas fazer um dos papéis da cena que será desenvolvida. Por isso, simular situações e contextos é sempre uma ótima opção!

Definido objetivo e tema, chegou a hora de escolher a abordagem, isto é, a forma como será discutido o tema.

Abordagem

A abordagem mais simples em uma aula de conversação é simplesmente conversar sobre algum tópico.

É uma boa opção para alunos mais avançados, que já possuem um bom vocabulário e querem treinar novas situações e melhorar sua pronúncia e velocidade de resposta.

Mas pode ser uma abordagem muito limitada para alunos com um vocabulário ainda em desenvolvimento.

Sem dúvidas, a melhor forma de fazer o aluno vivenciar uma situação é fazer com que ele se imagine dentro dela. É lançar mão da atividade conhecida como RPG - Rolling Play Game, onde cada um faz um papel diferente, como se estivesse vivenciando a situação.

Por exemplo, se o objetivo da aula é reforçar o nome das partes do corpo humano, o que seria melhor do que uma situação em que a pessoa vai no médico ou na fisioterapia?

Para propor o exercício você precisa simplesmente dizer ao aluno: “você está com dor no joelho e foi ao médico falar com ele sobre isso. Eu vou fazer o papel de médico agora. Fale comigo” –  e o exercício começa aí, com o aluno descrevendo o que está sentido para o médico.

É importante que você já organize, de antemão, algumas perguntas para fazer como médico, para direcionar o aluno para que ele precise se utilizar do vocabulário que é o objetivo da aula. O médico poderia perguntar, por exemplo: “Você já teve dores em outras partes do corpo? Quais? Como foi o tratamento? Sente alguma coisa na sua coluna?... etc.”

Desta forma você tem infinitas situações para inserir o aluno e fazer com que ele aprenda o conteúdo da aula.

O objetivo é que o aluno aprenda como usar o Present Perfect? Imagine uma situação em que o aluno conversa com uma agente de viagens, que lhe oferece passeios para diversos lugares (o vocabulário de viagens e de novos países já vai no pacote).

O objetivo é desenvolver vocabulário referente a empregos? Imagine uma conversa entre o aluno e a representante de uma agência de empregos.

O objetivo é aprender termos do mundo de investimentos? Imagine o aluno conversando com  um assessor de investimentos.

E por aí vai, nem o céu é o limite!

Correções

Esta é uma parte importantíssima da aula e que demanda muita sensibilidade por parte do professor.

Após realizar a conversação, sempre com foco no objetivo da aula, o professor deve analisar o que foi falado e fazer as devidas correções.

O melhor, para não inibir o aluno e nem fazer ele se sentir constrangido, é só corrigir ao final, após terminado o exercício (é importante ir tomando nota dos erros durante a conversação).

Isto porque, até mais importante do que falar corretamente, é fazer com que o aluno fale, perca a vergonha e o medo de errar enquanto está falando.

O professor deve, no máximo, fazer algumas intervenções caso o aluno trave, normalmente com perguntas, as quais poderiam efetivamente ser utilizadas por um interlocutor que estivesse diante do aluno naquela situação.

Não interrompa o aluno e diga como ele deve falar. Faça perguntas buscando incentivá-lo a achar o que ele precisa dizer.

Após as primeiras correções, o professor deve analisar se o objetivo foi alcançado. A melhor forma de analisar é repetindo toda a situação, pois agora, após ter sido corrigido, o aluno tem a chance de passar novamente por aquele diálogo e efetivamente corrigir seus erros.

A repetição pode ser realizada várias vezes, talvez com algumas alterações, até que se tenha certeza de que o aluno alcançou o objetivo almejado.

É importante também evitar corrigir coisas demais de uma vez, para não frustrar o aluno. Se o objetivo é aprender vocabulário novo, foque nisso, o importante é que ele aprenda e entenda as palavras, a pronúncia pode ser corrigida em um outro momento, em outra aula cujo objetivo seja analisar a pronúncia.

Resumindo

Então, o roteiro para aula de conversação em inglês consiste em:

  • Ter um objetivo a ser alcançado;
  • Ter um tema para desenvolver;
  • Ter uma abordagem para o efetivo desenvolvimento do tema escolhido;
  • Ter um método de correção a ser aplicado após a conversação.

Lembre-se de, caso necessário, repetir o diálogo inserindo as correções até que se alcance o objetivo.

Agora que você já tem tudo o que precisa para criar seu roteiro e já sabe como dar aula de conversação em inglês, que tal seguir aprimorando sua metodologia com a gente? Continue lendo nossos artigos!